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Associação RUMOS NOVOS - Católicas e Católicos LGBTQ (Portugal)

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18 de Janeiro, 2009

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Esclarecimento do cardeal Antonelli sobre homossexualidade
Nota emitida pelo Conselho Pontifício para a Família

CIDADE DO MÉXICO, sexta-feira, 16 de janeiro de 2009 (ZENIT.org-El Observador).- Publicamos a nota esclarecedora sobre a homossexualidade emitida em nome do cardeal Ennio Antonelli, presidente do Conselho Pontifício para a Família, pelo sacerdote Carlos Simón Vázquez, subsecretário desse dicastério vaticano.
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Deram-se diversas interpretações à referência à homossexualidade feita pelo cardeal Ennio Antonelli, presidente do Conselho Pontifício para a Família, em seu discurso de abertura do Congresso de Teologia Pastoral do México. O cardeal quis sublinhar três aspectos importantes:
  1. A homossexualidade não é um componente necessário da sociedade, como a família. A sociedade organiza-se em torno da relação de casal formada por um homem e uma mulher, que se encontram na origem da vida conjugal e da vida familiar. Neste sentido, o casal e a família entram no campo da vida social e, portanto, da lei civil. A relação entre duas pessoas do mesmo sexo não é equivalente a uma relação de casal, que se baseia na diferença sexual. A relação homossexual não entra neste campo social. É, portanto, uma questão privada. O legislador comete um erro antropológico quando quer organizar socialmente a homossexualidade. Corre o risco de provocar uma confusão intelectual, de identidade e relacional. Não se deve esquecer que a confusão favorece frequentemente a insegurança, a instabilidade das relações e a violência quando o legislador não respeita o sentido fundamental das relações humanas. A família é um bem comum da humanidade que não se encontra à livre disposição do legislador para responder às reivindicações subjectivas e problemáticas da época actual. O desejo individual não pode estar na origem da lei. Aqui encontramo-nos em presença de uma confusão entre o direito, que é de domínio público, e o desejo, que depende do sujeito. 
  2. Afirmando que a homossexualidade é um facto privado, o presidente do Pontifício Conselho para a Família não pretendeu justificá-la. O cardeal simplesmente sublinhou que a homossexualidade não contribui favoravelmente para a estruturação das pessoas e da sociedade. O exercício da homossexualidade não reflecte a verdade da amizade. A amizade é inerente à condição humana, na qual se dão relações de proximidade, apoio e cooperação, em um clima cortês e afável. A amizade deve ser vivida na castidade. 
  3. A Igreja mantém a preocupação de acolher e acompanhar as pessoas homossexuais. Toda pessoa que tem dificuldade em viver rectamente a sexualidade está chamada a encontrar-se com Cristo e a viver, em consequência, de acordo com as exigências da liberdade e da responsabilidade da fé, da esperança e da caridade. O contrário, é contrário à verdade da identidade humana e ao desígnio de Deus viver uma experiência homossexual, uma relação deste tipo, e mais ainda pretender reivindicar o casamento entre pessoas do mesmo sexo. São contrários aos verdadeiros interesses das pessoas e às necessidades da sociedade. Constituem uma transgressão do sentido do amor tal como Deus nos revelou através da mensagem de Cristo, da qual a Igreja é servidora, como expressão da caridade aos homens e mulheres do nosso tempo.

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