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Associação RUMOS NOVOS - Católicas e Católicos LGBTQ (Portugal)

Somos católic@s LGBTQ que sentiram a necessidade de juntos fazerem comunhão, partilhando o trabalho e as reflexões das Sagradas Escrituras, caminhando em comunidade à descoberta de Deus revelado a tod@s por Jesus Cristo.

31 de Outubro, 2010

It Gets Better - As Coisas Melhoram

Rumos Novos - Católic@s LGBTQIA+ em Ação

Muitos jovens homossexuais não conseguem imaginar como serão as suas vidas enquanto homossexuais adultos, vivendo de forma aberta. Não conseguem imaginar um futuro para si próprios. Para isso foi criada uma campanha internacional, coordenada pelo Trevor Project, denominada «It Gets Better – As Coisas Melhoram». Esta campanha tem por objectivo, através das mensagens de homens de fé, artistas, políticos, homens e mulheres comuns, perspectivar e mostrar aos jovens como são as vidas de alguns homossexuais adultos e mostrar-lhes o que o futuro lhe poderá reservar.

 

O Rumos Novos associou-se a esta campanha, pelo que no nosso canal do YouTube, no separador «As Coisas Melhoram» poderão encontrar vídeos, totalmente legendados em português referentes a esta importante campanha.

 

Progressivamente irão sendo colocados outros vídeos.

 

Assim não se esqueçam de ir visitando o canal no YouTube e de divulgar os vídeos entre o pessoal amigo.

 

Para já podem ver este vídeo:

 

29 de Outubro, 2010

LIBERDADE PARA AMAR, NÃO PARA LIBERTINAGEM

Rumos Novos - Católic@s LGBTQIA+ em Ação

 

Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante. Também, se dois dormirem juntos, eles se aguentarão; mas um só, como se aguentará? E, se alguém prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de três dobras não se quebra tão depressa. (Eclesiastes 4, 9-12).

O Evangelho não mudou, não faz acepção de pessoas e é para todo aquele que em qualquer nação faz a Deus o que lhe é agradável. Mas uma coisa é importante termos em mente: não podemos confundir liberdade com libertinagem. “Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis então da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor.” (Gálatas 5, 13).

Falamos de relacionamento, de união e amor entre duas pessoas de mesmo sexo, não estamos falando de oportunidade e acesso para a prática da libertinagem. A promiscuidade não é aceita por Deus, relações sexuais sem compromisso, múltiplas, puramente instintivas, animalescas... que desfiguram qualquer imagem e semelhança espiritual com Deus.

Estudamos sobre 1 Coríntios 6, 9 e por mais que duas palavras tenham sido falsificadas, continuaram os termos: devassos, idólatras, adúlteros, depravados e pessoas de costumes infames que se aplicam em pé de igualdade a pessoas de orientação heterossexual! Não é pecado ser heterossexual ou homossexual.

O pecado é como cada indivíduo direcciona a sua orientação sexual. Por exemplo, um rapaz casado que trai a sua esposa, está cometendo pecado, entretanto um homossexual que vive um relacionamento monogâmico de fidelidade absoluta ao seu parceiro, está nos planos de Deus.

Não pregamos a inclusão para levar para dentro da igreja a perversão sexual como ocorria nos templos de prostituição sagrada que estudamos neste livro. É preciso ter um cuidado enorme, porque a semente da libertinagem pode como o câncer corroer um povo inteiro sem que se consiga sequer notar que a presença do Espírito Santo já se foi.

O Rei Saul, quando o Espírito de Deus se retirou dele, sequer pôde perceber, porque estava “cego” pela contaminação do pecado.

Em outras palavras, não adianta se apresentar o acesso pelo novo e vivo caminho de Jesus com a libertinagem, pois será um cego guiando outro cego, nas palavras de Jesus: “...são condutores cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, ambos cairão na cova.” (Mateus 15, 14).

Ninguém bebe água em um copo sujo! Deus também não pode derramar aquilo que o mesmo tem de mais puro que é o seu próprio Espírito, em um templo contaminado, sujo ou imundo. “Mas o que se ajunta com o Senhor é um mesmo espírito. Fugi da fornicação. Todo o pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo. Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?” (1 Coríntios 6, 17-19).

Não estamos falando em abrir as portas da igreja aos homossexuais para trazerem consigo a libertinagem ao mesmo tempo. Continuamos a crer que Deus não se mistura com a imundície. “Sede santos, porque eu sou santo.” (1 Pedro 1, 16).

Não é porque o amor de Deus é incondicional, que um relacionamento de amor entre duas pessoas não poderá ser reprovado por Deus. Não é porque Deus é amor e quem ama permanece em Deus, que o corpo, templo do Espírito Santo, pode ser usado de qualquer forma. O véu se rasgou e o acesso a Deus, em Jesus Cristo, foi liberado a todas as pessoas, mas não queremos usar desta liberdade para permitir a libertinagem!

O acto sexual deve ser considerado como algo santo, momento em que dois seres se tornam uma só carne, um só corpo, uma só vida... A união entre duas pessoas deve ser em pureza, como no ato de união da Igreja com Cristo, por isso em compromisso, em unidade, em amor... O momento desta união sexual é para acontecer quando os mesmos tiverem em mente manter uma continuidade, e vir a ter uma união.

Também, não estamos falando aqui de heterossexuais que fazem sexo homossexual, por conta de “mudar a rotina” sexual. “Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, prostituição, impureza, lascívia; Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias; Invejas, homicídios, bebedeiras, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus.” (Gálatas 5, 19-21).

 

Todas as práticas acima narradas levam ao distanciamento de Deus, mas quando falamos de relacionamento entre pessoas do mesmo sexo, segundo suas respectivas orientações sexuais, mencionamos um relacionamento de unidade, de amor, de fidelidade entre duas pessoas que se amam, que se completam.

 

“Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante. Também, se dois dormirem juntos, eles se aguentarão; mas um só, como se aguentará? E, se alguém prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de três dobras não se quebra tão depressa.” (Eclesiastes 4, 9-12).

 

Melhor é serem dois, não cinco ao mesmo tempo, dez ou quinze... com fins de promiscuidade, libidinagem, fornicação. Defendemos portanto em nosso seio, o companheirismo, apoio, sustento, amor, como já dissemos. Uma coisa importante a ser salientada é que sequer há menção neste texto no original, nem nas suas traduções, de que uma relação santa aos olhos de Deus tenha necessariamente que ser entre um homem e uma mulher, mas sim entre duas pessoas.

 

Texto original: Gays Católicos

Adaptação para português: Rumos Novos - Grupo Homossexual Católico

28 de Outubro, 2010

Ouvindo os Batimentos do Coração de Deus

Rumos Novos - Católic@s LGBTQIA+ em Ação

Uma meditação para a Festa de Todos os Santos

 

Convidados da redenção passam continuamente para o céu, quer directamente quer pela estrada da purificação na Igreja que sofre. Passam para a presença do Cordeiro e daquele que se senta no trono, de modo a, face a face – e já não em mera similitude e imagem – contemplar a Trindade, em cujo seio se encontram todas as possibilidades e todas as realidades, o Deus não nascido a partir de cuja fonte de vida todos os seres bebem existência e força, movimento e beleza, verdade e amor. Não há lá ninguém que não tenha sido levado a casa pela própria graça de Deus. Todos são redimidos, desde o mais alto serafim à criança recém-nascida acabada de selar, pela graça do baptismo, quando deixou o mundo.

 

 

Libertos de todas as limitações egoístas e elevados acima de todas as ansiedades terrenas, vivem dentro dessa esfera de amor que a sua vida na terra lhes delineou: a grande vida de Deus. É uma vida verdadeira, sem estagnação ociosa, mas sim uma actividade de sentidos, mente e vontade. É verdade que já não podem almejar o merecimento, nem ser agora portadores do fruto do reino dos céus, pois o reino dos céus encontra-se estabelecido e a graça já terminou o seu trabalho, mas a vida de glória é de longe mais rica do que a vida de graça. Os espaços infinitos do ser em Deus, em toda a sua extensão e profundidade, fornecem uma fonte na qual a alma procura e encontra a satisfação dos seus mais íntimos anseios. Revelam-se continuamente novas possibilidades, novas visões da verdade, novas primaveras de alegria. Sendo incorporada na humanidade mais sagrada de Jesus, a alma junta-se na intimidade mais misteriosa à própria cabeça de Deus. Carrega os batimentos do coração de Deus e sente a vida profunda que pulsa dentro da Divindade. A alma está colocada e vive no centro de todo o ser, de onde emanam as fontes de toda a vida; onde o significado de toda a existência brilha no Deus trinitário, onde todo o poder e toda a beleza, toda a paz e toda a bem-aventurança, são agora pura realidade e presente puro para sempre.

Esta vida dos santos, na sua fecundidade superabundante e inesgotável é, ao mesmo tempo, uma vida da mais rica variedade e plenitude. O Espírito único de Jesus, a sua cabeça e mediador, manifesta-se nos seus santos em toda a rica variedade das suas vidas individuais e de acordo com as várias medidas nas quais cada alma, com os seus dons especiais e o seu chamamento especial, recebeu e utilizou a graça de Deus. A concepção do santo, do servo de Cristo, encontra-se incorporada numa infinita variedade de formas. A ladainha dos Santos transporta-nos rapidamente para esta «hierarquia celeste». E ainda que cada nome denote um dom especial, um carácter especial, uma vida especial, todos estão, contudo, unidos num único amor e num único evangelho de alegria.

 

 

Texto original: Karl Adam (QUEST - Group for Lesbian and Gay Catholics, Reino Unido)

Tradução: José Leote (RUMOS NOVOS – Grupo Homossexual Católico, Portugal)

03 de Outubro, 2010

Universitário suicidou-se porque colega o filmou a fazer sexo com outro homem e pôs imagens na Net

Rumos Novos - Católic@s LGBTQIA+ em Ação

 

Tyler Clementi

Tyler Clementi era como se chamava o jovem músico, que era segundo violino na Orquestra Sinfónica de Ridgewood (a sua terra natal) e, segundo o “site” The Daily Beast, que seguiu as pistas da sua vida online, um apreciador de Shakespeare. O seu atormentador foi Dharun Ravi, o seu companheiro de quarto na residência universitária, e tudo começou a 19 de Setembro, quando pediu a Ravi se lhe deixava o quarto por umas horas.

Ravi, também de 18 anos e dado mais às tecnologias e aos computadores, saiu, foi ter com a amiga Molly Wei, que andou com ele na mesma escola secundária. Mas deixou lá a “web-cam”, estrategicamente apontada. E pôs-se a relatar o que estava a acontecer em mensagens de 140 caracteres na sua conta no site de micro-blogging Twitter, depois de ter ligado a câmara que controlava pela Net: “O meu companheiro de quarto pediu para ficar sozinho até à meia-noite. Fui para o quarto da molly e liguei a ‘web-cam’. Vi-o a curtir com um gajo. Yay.”

Dessa vez, transmitiu imagens de Clementi a fazer sexo na Internet, colocando-o no site iChat. E dois dias depois, quando Clementi lhe pediu para ficar outra vez umas horas sozinho no quarto, anunciou na Internet uma segunda transmissão. Foi no dia seguinte que Clementi se despediu, no Facebook, e que se terá atirado da ponte – o seu corpo esteve vários dias sem aparecer, mas a polícia recolheu um corpo do rio Hudson na quarta-feira, que está à espera de ser identificado, mas parecer ser o dele, por alguns pormenores como o relógio.

Dharun Ravi e Molly Wei foram presos e acusados de invadir a privacidade de Clementi. Incorrem em penas que podem ir pelo menos até cinco anos de prisão. “Se forem dados como culpados, as suas acções constituem uma violação grave dos códigos morais e humanos”, disse em comunicado o presidente da Universidade de Rutgers, Richard McCormick.

 

Fonte: Público