Papa Francisco concelebra Missa com Padre Defensor dos Direitos dos Homossexuais
No passado dia 6 de maio, o Papa Francisco beijou a mão e concelebrou com um sacerdote conhecido em Itália pela sua defesa dos direitos das pessoas homossexuais, o padre Michele de Paolis, de 93 anos e fundador da organização AGEDO FOGGIA.
O Pe. de Paolis concelebrou missa com o Papa Francisco na Casa de Santa Marta, tendo depois oferecido ao Sumo Pontífice um cálice em madeira e uma patena, bem como uma cópia do seu último livro «Caro Pe. Michele: Questões a Um Padre Inconveniente».
Num seu anterior livro, este sacerdote tinha escrito «o amor entre duas pessoas do mesmo sexo é uma dádiva de Deus, tal como acontece com o amor heterossexual». Afirmou ainda como disparatada a ideia de que os casais homossexuais não deveriam ter sexo.
O Papa Francisco encerrou o encontro beijando a mão do sacerdote.
Sendo o Pe. de Paolis, uma figura muito conhecida, em Itália, no âmbito da defesa dos direitos das pessoas homossexuais, o encontro teve enorme repercussão naquele país e, em conjunto com outro gestos recentes de Sua Santidade, é um indicador de esperança de que alguma coisa está a mudar na hierarquia da igreja e por isso também uma réstia de esperança para todos os homens e mulheres homossexuais.
Recordemos as palavras do Pe. de Paolis: «Temos de ultrapassar a letra das Escrituras, pois é o próprio Paulo em 2 Coríntios 3, 6, que nos diz: «a letra mata, enquanto o Espírito dá a vida».
«E é esta letra da Bíblia», escreveu de Paolis, «que matou e continua, de facto, a matar, infelizmente, não somente moralmente mas igualmente fisicamente. A Bíblia não é a palavra de Deus; a Bíblia contém a palavra de Deus.»
«Em vez de gastar energia em controvérsias intermináveis a Igreja deve procurar construir uma espiritualidade cristã de aceitação jubilosa do eu, dar graças a Deus pelo facto do amor homossexual ser uma dádiva de Deus, tal como o amor heterossexual. Uma espiritualidade na qual dialogamos e nos comparamos cos todos, mas somente obedecemos a Deus.»
As pessoas da Igreja, disse de Paolis, «ignoram por completo o fenómeno da homossexualidade, que a ciência já clarificou de forma inequívoca: a orientação homossexual não é livremente escolhida pela pessoa. O rapaz ou rapariga descobrirá que ela está profundamente enraizada na sua personalidade e que é um aspeto fundamental da sua identidade: não é uma doença, não é uma perversão.»
Lamentou a «insensibilidade» mostrada aos homossexuais por parte da Igreja Católica, afirmando: «Algumas pessoas da Igreja dizem que ‘não faz mal ser-se homossexual, desde que não tenham sexo e não exprimam amor entre si’. Esta é a maior das hipocrisias. É a mesa coisa que dizer a uma planta que cresce: «Não deves florir, não deves dar fruto!». Isso sim é contra a natureza!»
«Temos de ter paciência com a nossa Mãe Igreja», continua ele, «As suas atitudes em relação aos homossexuais mudarão.»
Artigo Original: LifeSiteNews
Tradução e adaptação: José Leote