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Associação RUMOS NOVOS - Católicas e Católicos LGBTQ (Portugal)

Somos católic@s LGBTQ que sentiram a necessidade de juntos fazerem comunhão, partilhando o trabalho e as reflexões das Sagradas Escrituras, caminhando em comunidade à descoberta de Deus revelado a tod@s por Jesus Cristo.

26 de Dezembro, 2016

Como George Michael se tornou num dos mais importantes defensores mundiais dos direitos dos homossexuais

Rumos Novos - Católic@s LGBTQIA+ em Ação

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Apesar das vicissitudes da própria vida, George Michael tem sido louvado pelo seu trabalho como um destacado defensor dos direitos das pessoas homossexuais.

 

A estrela pop, que morreu de ataque cardíaco neste Dia de Natal, com 53 anos, foi um fervoroso apoiante das temáticas referentes às pessoas homossexuais, com alguns dos seus trabalhos mais famosos a solo relacionados com a sua própria sexualidade.

 

Ele assumiu-se como homossexual na sequência da sua detenção em Abril de 1998, por estar envolvido num “ato lascivo” em frente a um polícia à paisana em Beverly Hills.

 

Foi, então, multado em quase 600 € e 80 horas de trabalho comunitário, tendo afirmado mais tarde que nunca tinha tido qualquer problema moral com o facto de ser homossexual.

 

“Em alguns momentos pensei que estava apaixonado por uma mulher. Então apaixonei-me por um homem e apercebi-me que nada disso tinha sido amor.”

 

Admitiu numa entrevista de que os seus vinte e tal anos tinham sido um momento muito depressivo da sua vida depois de ter perdido o seu companheiro, o estilista Anselmo Feleppa.

 

George Michael afirmou ainda: “Tive o meu primeiro relacionamento aos 27 anos, porque somente aos 24 anos me consegui relacionar com a minha sexualidade.”

 

“Perdi o meu companheiro, devido ao HIV, e precisei de três anos para fazer o luto. Depois disso perdi a minha mãe. Quase que me senti amaldiçoado.”

 

George Michael deu ainda a cara num documentário sobre o HIV que coincidiu com o Dia Mundial Contra a SIDA no ano em que ele saiu do armário. O filme, Staying Alive, centrou-se sobre as experiências de seis jovens de diferentes países que estavam infetados ou eram afetados pelo HIV.

 

George Michael foi igualmente um apoiante apaixonado de eventos de caridade sobre o HIV.

 

Que descanse agora em paz, pois inspirou e continuará a inspirar muitos, ao mesmo tempo que a sua música viverá nos corações de nós todos e todas.

07 de Dezembro, 2016

Os Homossexuais Católicos também são Igreja

Rumos Novos - Católic@s LGBTQIA+ em Ação

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Ser homossexual significa estar arredado da participação ativa na sua comunidade paroquial; significa estar segregado, marginalizado.

 

Será porém este o ensinamento de Cristo? Será que o mesmo Cristo redentor que abençoou os puros de espírito, que chamou a Si todos os cansados e os oprimidos, que chamou todos sem exceção à sua Igreja, pode apelar à segregação? Ao afastamento? à marginalização? Serão mais dignos do amor de Deus todos os demais fiéis que sendo homossexuais não o dizem? Que sendo casados cometem adultério? Não será aqui que reina o pecado? Haverá pecado numa relação de amor e entrega mútua entre duas pessoas que se amam? Se Deus é amor, porque não poderá estar no meio do casal estável de homossexuais?

 

Será que uma igreja que defende um Cristo que veio trazer a nova e eterna Aliança, pelo Novo Testamento, se pode refugiar, quando isso lhe é útil, em livros do Antigo Testamento?

 

Será lícito que uma igreja que defende a interpretação não literal do texto bíblico, se refugie nesse tipo de interpretação quando pretende condenar a homossexualidade?

 

Enfim, será a Igreja instituída por Cristo em Pedro, a primeira pedra, que está errada, ou será a igreja dos homens que peca?

 

Estamos certos que Deus não olhará para a homossexualidade como pecado. Como seria isso possível de acontecer num Deus que ama e ampara todas as criaturas sem exceção? Efetivamente, se a homossexualidade for entendida como a identidade psicossexual dentro das fronteiras de um desenvolvimento humano saudável e psicológico, tendo por significado um relacionamento estável amoroso, então sendo Deus amor, onde há amor verdadeiro Deus está presente e onde Deus está presente não pode existir pecado.

 

Deus criou as pessoas com atracões românticas e físicas por pessoas do mesmo sexo, assim como aquelas com atracões por pessoas do outro sexo. Todos estes sentimentos são naturais e são considerados bons e abençoados por Deus. Logo estes sentimentos e atracões não podem constituir pecado e ser motivo de exclusão dos homossexuais da participação ativa nas suas comunidades paroquiais.

 

Porém, se a homossexualidade tem por significado comportamentos eróticos com pessoas do mesmo sexo, expressões físicas de união e prazer, encontros ocasionais, infidelidade, manipulação, então o pecado existe, quer na homossexualidade quer na heterossexualidade.

 

Conforme já verificámos atrás a Igreja refugia-se na Bíblia para condenar a homossexualidade (entendida como uma relação amorosa estável e fiel entre duas pessoas que se amam e querem ser família), contudo (conforme também já o referimos) a linguagem bíblica não se refere à homossexualidade como a entendemos, mas a prostitutos masculinos que eram utilizados nos cultos pagãos. Certamente que em parte alguma da Bíblia se legisla sobre o tema de uma atracão profunda e de amor entre dois adultos do mesmo sexo, resultando num compromisso.

 

Por outro lado, sendo a homossexualidade tão natural e dada por Deus como o é a heterossexualidade, facilmente nos apercebemos que as invetivas bíblicas contra a homossexualidade foram condicionadas pelas atitudes e crenças acerca desta forma de sexualidade e correspondentes a uma determinada época histórico-cultural.

 

Deste modo, todas as manifestações de um amor fiel e responsável entre duas pessoas homossexuais não são algo tratado nas Sagradas Escrituras.

 

O casal homossexual vivendo em pleno e de forma madura a sua relação de amor mútuo, deve fazer parte integrante da sua comunidade paroquial. Nela participar ativamente, dando testemunho, paralelamente com os demais casais heterossexuais, pois o casal homossexual católico não deve, nem pode, continuar a ser arredado da sua Fé em Deus e em Cristo. Um Cristo que diariamente continua a morrer na cruz para redenção dos homens, de TODOS os homens.

 

Por tudo isto e como leigos empenhados nas suas diversas comunidades paroquiais os casais de homossexuais masculinos devem ser chamados à participação, pois...

 

NÓS TAMBÉM SOMOS IGREJA!

01 de Dezembro, 2016

1 DE DEZEMBRO: DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A SIDA

Rumos Novos - Católic@s LGBTQIA+ em Ação

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Neste dia 1 de dezembro, oramos por todos os irmãos e irmãs, para que com fé redobrada em Cristo e lembrados das palavras do Mestre no monte das oliveiras: «Pai, se quiseres, afasta de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, mas a tua.» (Lc 22, 42), consigam encontrar na sua fé o conforto e a misericórdia de Deus Pai, que os ajude a levar a sua cruz.

Oremos ao Senhor.