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Associação RUMOS NOVOS - Católicas e Católicos LGBTQ (Portugal)

Somos católic@s LGBTQ que sentiram a necessidade de juntos fazerem comunhão, partilhando o trabalho e as reflexões das Sagradas Escrituras, caminhando em comunidade à descoberta de Deus revelado a tod@s por Jesus Cristo.

15 de Abril, 2019

«A igreja que me educou, rejeitou-me»

Rumos Novos - Católic@s LGBTQIA+ em Ação

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À sombra de um campanário reunimo-nos para o pequeno-almoço. O café foi servido preto; os ovos dela mexidos, os meus estrelados. Entre uma garfada e outra, a conversa, a razão de nos termos encontrado, era falar sobre a igreja. Em particular, queria encontrar-me com uma velha amiga e, se ela estivesse disposta a isso, esperar que ela partilhasse as suas experiências do Catolicismo. Pois eu, um homem branco hétero queria escutá-la a ela, uma mulher branca lésbica.

 

Passada uma hora dissemos adeus, saímos do restaurante e a sombra do campanário, no outro lado da rua, veio ao nosso encontro, à medida em que seguíamos caminhos opostos, correndo para o trabalho. No meu carro, pondo em ordem os meus pensamentos fiz uma pausa antes de sair do parque de estacionamento e, à medida que me virava para a estrada, à minha vista já não se encontrava o campanário, mas o pilar da igreja. Tinha acabado de tomar o pequeno-almoço com a Lauren, uma amiga, uma mulher de sucesso à volta da minha idade que partilhou a dor, a frustração, a raiva e, aqui e ali, uma reminiscência melancólica de uma igreja que parecia rejeitá-la. Não pude deixar de pensar na pedra nos Salmos e em Isaías (e novamente no evangelho de Marcos) que tinha sido rejeitada pelos construtores, mas que, contudo, era a pedra basilar. Afinal de contas, momentos antes, ela disse, com naturalidade, «A igreja que me educou, rejeitou-me.»

 

O Corpo de Cristo está bastante ferido, mas eu tinha convidado a minha amiga para o pequeno-almoço somente para a escutar, para aprender como é crescer-se gay numa família católica. Acho que também a convidei para o pequeno-almoço não somente para a escutar, mas para testar uma suspeita que tinha, uma suspeita não sobre as feridas da igreja, mas sobre a feridas infligidas aos outros pela igreja. Suspeitava que essas feridas necessitavam de reconciliação por parte da igreja, baseado nas conversas com outros católicos e católicas das mais variadas cores.

 

Nunca tinha perguntado diretamente a alguém que conhecesse e que fosse gay e batizado quais eram as suas experiências. Queria saber: como é que era frequentar uma escola católica somente para raparigas? Como é que era a igreja antes e depois da saída do armário? Como é que foi contar a uma avó, que ia à missa pelo menos cinco dias por semana, que se era gay? Quais são as opiniões sobre o ensinamento e comportamento da igreja?

 

Escutar atentamente pode ser difícil. Contudo, mesmo quando se discute experiências ou frustrações negativas, ela não tinha qualquer tipo de reserva. De facto, a meio do pequeno-almoço senti-me culpado. Tal como acontece com uma pessoa negra tendo que instruir, intervir ou reviver o racismo que experimenta para educar uma pessoa branca, apercebi-me que o que pedi à minha amiga para fazer era que me instruísse em homofobia e revivesse memórias difíceis, não para seu benefício, mas para o meu. Naquele momento eu divaguei de uma escuta atenta e vi-me como Tomé, do outro lado da mesa de alguém parecido com Jesus, tendo de suportar as suas feridas para satisfazer a minha curiosidade ou as minhas questões. Com que frequência têm as mulheres, têm as pessoas gays oferecido as suas feridas aos Tomés da igreja, que bem conheciam ou duvidavam da sua autenticidade?

 

Em escuta e em diálogo soube das alegrias da sua infância ao ir à missa, do tempo passado numa escola católica e dos seus anseios em ser acólita. Também fiquei a saber como primeiramente se sai do armário para si mesmo e depois para os outros e outras e quando ambos se passaram o âmago da sua fé e da sua vida foram esmagadas. Uma vez fora do armário, ela já não podia participar como fazia até aí. Mesmo hoje, apesar de uma experiência global positiva na sua escola católica, ela não se sente bem-vinda ou capaz de participar completamente enquanto alguém que é gay. Fiquei a saber da sua culpa, pois o facto de ela ser abertamente lésbica causou mágoa e dissonância em alguns membros da família. Mesmo assim, fiquei a saber sobre a sua mãe, sobre a qual ela me disse ser uma católica como os católicos devem ser. «Irei contigo para uma igreja onde te sintas mais à vontade,» foi o que uma mãe solidária disse à minha amiga. Entre o escárnio de alguns, a minha amiga encontrou igualmente acompanhamento, infelizmente não pelos «poderes constituídos» ou mesmo dentro da igreja da qual ela, com alegria, tinha feito parte durante a sua infância e adolescência.

 

Quando a minha amiga saiu do armário para a avó, que frequentava diariamente a missa, ela estava nervosa. Contudo, a resposta da avó foi «Ainda te amo na mesma e se o teu avô ainda fosse vivo ele faria o mesmo.» Claro está que este amor não foi o único «amor» que a minha amiga viveu. Pois não há somente ódio, apatia ou amor quando se trata da resposta que os cristãos podem dar a uma pessoa gay. A minha amiga deu-me muitos detalhes em relação a muitos e muitas na igreja que afirmam que ainda a amam, mas de um modo e tom em que o amor já não é compaixão e fraternidade, mas antes pena e condescendência. O «amo-te porque tenho de te amar,» ou o amor do tipo eu sou mais santo do que tu: «Claro que te amo, apesar de tu seres inferior, ou deficiente quando comparada comigo».

 

Claro que é o amor que força a mãe da minha amiga a apoiá-la e acompanhá-la, que conduz à incongruência da igreja, «a nossa mãe», e a aparente falta de amor e de acompanhamento em relação às pessoas gays ou lésbicas. A minha amiga disse que a igreja é definida como um conflito: há o conflito entre a igreja enquanto hierarquia e instituição versus a igreja enquanto povo de Deus. E entre o povo de Deus, ou os leigos e leigas, o conflito entre aqueles e aquelas que gastam a sua energia condenando e aqueles e aquelas que gastam a sua energia construindo. Nesta altura, ela referiu o Pe. James Martin e o seu post no Twitter como exemplo. Ela acha os posts dele adoráveis, ainda que discorde com algumas coisas que ele afirma. Porém, muitos e muitas que respondem aos seus tweets, aqueles e aquelas que supostamente são mais católic@s do que ele, demonstram uma aparente falta de amor, empatia, humildade ou caridade cristã. Se tivermos em consideração 1 Coríntios 13, estes cristãos e estas cristãs invertem essencialmente a secção sobre o amor como a experiência basilar da igreja e que ela tem sentido desde que saiu do armário, pessoalmente ou online.

 

Não precisamos de um curso avançado em análise estatística para compreendermos que uma amostra de um pode não ser representativa. Contudo, no espaço de uma missa dominical, a minha chamada à comunhão durante o pequeno-almoço com uma amiga deu-me um olhar substantivo naquilo a que chamo as feridas que a igreja infligiu a muitos das suas filhas e filhos. Feridas que deveríamos reconhecer, limpar e sarar.

 

Ao sair do parque de estacionamento, com o campanário e o canto da igreja local no retrovisor, apercebi-me de algo mais profundo acerca da minha amiga: a sua experiência e sentimento persistente de rejeição. A sua era uma história de feridas provocadas pela igreja institucional e a igreja formada pelo povo de Deus. Para mim, havia ainda uma ironia dolorosa: na sua rejeição, nas feridas que ela apresenta, ela parece-se mais com o Cristo que sofre do que eu alguma vez fui. Sim, penso que somos ambos filhos de Deus, mas ninguém em nome da escritura, da tradição ou de Deus me condenou alguma vez da forma que ela foi condenada - da forma como Cristo foi condenado. Talvez, assim, possamos ver o rosto de Cristo nas faces das pessoas gays e falar com elas, pessoalmente, do mesmo modo que tentamos falar com Jesus em oração: com compaixão e amor.

 

Fonte: National Catholic Reporter

13 de Abril, 2019

Há cem anos a Igreja Católica prestava pouca atenção à homossexualidade

Rumos Novos - Católic@s LGBTQIA+ em Ação

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Ativistas realizam uma manifestação contra o afastamento de padres por parte da igreja devido à sua alegada homossexualidade. Foto Kevin Lamarque/Reuters

 

O Papa Francisco falou abertamente acerca da homossexualidade. Numa entrevista recente, o Papa afirmou que as tendências homossexuais «não são pecado». E há alguns anos, num comentário feito durante uma entrevista num voo, afirmou:

 

«Se uma pessoa é gay e procura o Senhor e tem boa vontade, quem sou eu para julgar?»

 

Contudo, o Papa desencorajou igualmente os homens homossexuais de entrarem no sacerdócio. Afirmou categoricamente numa outra entrevista que para uma pessoa com tendências homossexuais, o «ministério ou a vida consagrada não são o seu lugar.»

 

Muitos padres gays, quando entrevistados pelo The New York Times, caracterizaram-se como estando numa «jaula» em resultado das políticas da igreja referentes à homossexualidade.

 

Como estudioso especializado na história da Igreja Católica e estudos de género, posso atestar que há 1000 anos, os padres gays não eram tão restringidos. Nos primeiros séculos, a Igreja Católica prestava pouca atenção à atividade homossexual entre padres ou entre leigos

 

 

Aceitação aberta dos desejos do mesmo sexo

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Embora a posição oficial da igreja de proibir as relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo tenha permanecido constante, a importância que a igreja atribui ao «pecado» tem variado. Além disso, ao longo dos séculos, a igreja só esporadicamente decidiu investigar ou impor as suas proibições.

 

Antes do séc. XII, era impossível aos padres - mesmo os mais célebres como o abade do século XII e escritor espiritual São Elredo de Riveaulx - escrever abertamente sobre o desejo entre pessoas do mesmo sexo e relacionamentos emocionais e físicos existentes com outros homens.

 

 

 

 

Equívocos bíblicos

 

A Bíblia dá tanto destaque aos atos entre pessoas do mesmo sexo como o deu a igreja primitiva, ainda que a muitos cristãos tenha sido ensinado que a Bíblia proíbe, de forma clara, a homossexualidade.

 

As escrituras judaico-cristãs raramente mencionam a sexualidade entre pessoas do mesmo sexo. Dos 35527 versículos da Bíblia católica, somente sete - 0,02% - são, algumas vezes, interpretados como proibindo os atos homossexuais.

 

Mesmo nesses, as referências aparentes às relações entre pessoas do mesmo sexo não eram originalmente escritas ou compreendidas como indicando categoricamente atos homossexuais, tal como acontece nos nossos dias. Os cristãos antes do século XIX não tinham qualquer conceito de identidade gay ou hétero.

 

Por exemplo, o Génesis 19 regista a destruição por parte de Deus de duas cidades, Sodoma e Gomorra, por «enxofre e fogo» devido à sua fraqueza. Durante os 1500 anos após a escrita do Génesis, nenhum escritor bíblico fez equivaler esta fraqueza aos atos homossexuais. somente no século I d. C. um filósofo judeu, Fílon de Alexandria, igualou pela primeira vez erradamente o pecado de Sodoma com a sexualidade homossexual.

 

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Representação da destruição de Sodoma e Gomorra. John Martin

 

Foram precisos vários séculos para que um consenso cristão concordasse com a interpretação errada de Fílon e esta tornou-se a explicação aceite deste texto bíblico, do qual deriva o termo depreciativo «sodomita».

 

Contudo, hoje, os teólogos afirmam geralmente que a fraqueza que Deus puniu foi a arrogância dos habitantes e a sua falta de caridade e hospitalidade, não qualquer ato sexual.

 

Os estudiosos religiosos procuraram igualmente nos outros seis escritos onde os cristãos da atualidade defendem justificar a condenação categórica por parte de Deus dos atos homossexuais. Descobriram como traduções incorretas, contextualizações mal feitas e interpretações erradas alteraram o sentido destes textos antigos de forma a legitimarem os preconceitos atuais contra a homossexualidade.

 

Por exemplo, em vez de rotularem todos os atos homossexuais como pecaminosos aos olhos de Deus, os cristãos primitivos estavam preocupados com os excessos de comportamento que podiam afastar os crentes de Deus. O apóstolo Paulo criticou os atos homossexuais em simultâneo com uma lista de comportamentos desregrados, tais como o maldizer e a soberba, nas quais qualquer crente se podia envolver.

 

Ele não podia estar a deixar-nos uma condenação em branco da homossexualidade ou dos homossexuais, porque estes conceitos não existiram durante mais de 1800 anos.

 

 

O sexo gay, enquanto tal, normalmente não era punido

 

Os primeiros responsáveis pela igreja não pareceram excessivamente preocupados em punir quem se envolvia em práticas homossexuais. Descobri que existe um silêncio notável em relação aos atos homossexuais, quer em teólogos quer nas leis da igreja, durante mais de 1000 anos, antes dos finais do séc. XII.

 

Quando os primeiros comentadores cristãos, como John Chrysostom, um dos escritores bíblicos mais profícuos do século IV, criticou os atos homossexuais, fê-lo como parte de uma condenação ascética de todas as práticas sexuais.

 

Para além disso, não era geralmente o ato sexual em si que era pecaminoso, mas alguma consequência daquele, como por exemplo o modo como participar num ato poderia violar as normas sociais, como as hierarquias de género. As normas sociais ditavam que os homens fossem dominantes e as mulheres passivas, na maior parte das vezes.

 

Se um homem, durante o ato sexual, assumia um papel passivo, ele assumia o papel da mulher. Ele era «não masculino e efeminado», uma transgressão da hierarquia de género que Fílon de Alexandria chamou o «maior de todos os males». A preocupação era vigiar os papéis de género e não os atos sexuais.

 

Antes de meados do séc. XII, a igreja agrupou a sodomia conjuntamente com muitos outros pecados envolvendo a luxúria, mas a penalização por relações homossexuais era muito branda, se existiu, ou nem sequer era levada a cabo.

 

Os concílios da igreja e os manuais de penitência mostram pouca preocupação acerca do assunto. No início do séc. XII, uma época de ressurgimento da igreja, reforma e expansão, padres e monges proeminentes podiam escrever poesia e cartas glorificando amor e paixão - mesmo paixão física - em relação a pessoas do mesmo sexo e não eram censurados por isso.

 

Em vez disso, eram as autoridades civis que eventualmente assumiam o papel de perseguir os perpetradores.

 

 

 

Os anos de hostilidade

 

Em finais do séc. XII, a atmosfera primitiva de tolerância relativa começou a mudar. Os governos e a igreja católica estavam a crescer e a consolidar uma maior autoridade. Começaram a progressivamente procurar regular as vidas - mesmo as vidas privadas - dos seus súbditos.

 

O Terceiro Concílio de Latrão em 1179, um concílio da igreja realizado do palácio de Latrão, em Roma, por exemplo, baniu a sodomia. Os clérigos que a praticassem seriam proscritos do rebanho ou entrariam num mosteiro para aí realizarem penitência. Os leigos eram mais asperamente punidos com a excomunhão.

 

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Deve referir-se que essa hostilidade cresceu, não somente em relação às pessoas envolvidas em relações homossexuais, mas igualmente em relação a outros grupos minoritários. Judeus, muçulmanos e leprosos enfrentaram igualmente níveis crescentes de perseguição.

 

À medida que as leis da igreja e as punições em relação aos atos homossexuais se tornaram cada vez mais duros, no início somente eram esporadicamente cumpridos. Clérigos influentes, como o teólogo e filósofo do séc. XIII Tomás de Aquino e o pregador popular Bernardino de Siena, conhecido como o «Apóstolo da Itália», não estavam de acordo quanto à severidade do pecado envolvido.

 

Contudo, à volta do séc. XV a igreja moldou-se às opiniões sociais e tornou-se mais vocal na condenação e perseguição dos atos homossexuais, uma prática que continua até hoje.

 

 

Hoje, os padres temem a retaliação

 

Atualmente, o Catecismo da Igreja Católica (CIC) ensina que desejar outras pessoas do mesmo sexo não é pecaminoso, mas agir de acordo com esse desejo já o é.

 

Conforme o CIC afirma, as pessoas com tais desejos devem permanecer castas e «devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á, em relação a eles, qualquer sinal de discriminação injusta.» De facto, ministérios católicos como a Rumos Novos - Católicas e Católicos LGBT (Portugal) procuram servir e defender estas pessoas.

 

Contudo, os padres gays pertencem a uma categoria diferente. Vivem e trabalham sob um celibato obrigatório, frequentemente em ordens de pessoas do mesmo sexo. O Papa Francisco encorajou-os a serem «perfeitamente responsáveis» para evitar o escândalo, ao mesmo tempo em que desencorajava outros gays a entrarem no sacerdócio.

 

Muitos temem as represálias se não conseguirem viver de acordo com este ideal. Para os cerca de 30 a 40% dos sacerdotes americanos que são gays, a abertura em relação ao desejo homossexual do passado mais não é do que uma recordação.

 

Fonte: The Conversation

09 de Abril, 2019

Vaticano recebe representantes de organizações LGBT

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Um representante do Vaticano recebeu, no passado dia 5 de abril, pela primeira vez na história, um grupo de 50 representantes de organizações LGBT.

 

Estes representantes faziam parte da delegação do Instituto Interamericano de Direitos Humanos (IIDH), que entregou ao cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, um documento sobre «a criminalização das relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo».

 

De acordo com o referido pelo diretor do Gabinete de Imprensa do Vaticano, Alessandro Gisotti, o cardeal Parolin «agradeceu a apresentação do relatório», bem como «as palavras das pessoas que intervieram», assegurando que «informará o Santo Padre sobre o conteúdo do mesmo». Ainda assim, o purpurado assegurou aos presentes que a postura da igreja católica é sempre «em defesa da dignidade de toda a pessoa humana e contra todo o tipo de violência».

 

 

«Evitar toda a violência»

Por outro lado, Parolin sublinhou que o Catecismo regista a necessidade de «evitar toda a forma de violência contra todas as pessoas», pelo que assegurou que as questões apresentadas serão tidas em conta pela igreja.

 

Um dos pontos essenciais apresentados pelas organizações LGBT e pelo IIDH foi a necessidade de que o Vaticano «clarifique», através de uma declaração pública, a sua postura perante a homossexualidade, para além de que «seria conveniente um chamamento a partir de Roma» para alcançar a «descriminalização» da mesma.

 

Fonte: Vida Nueva