Como George Michael se tornou num dos mais importantes defensores mundiais dos direitos dos homossexuais
Apesar das vicissitudes da própria vida, George Michael tem sido louvado pelo seu trabalho como um destacado defensor dos direitos das pessoas homossexuais.
A estrela pop, que morreu de ataque cardíaco neste Dia de Natal, com 53 anos, foi um fervoroso apoiante das temáticas referentes às pessoas homossexuais, com alguns dos seus trabalhos mais famosos a solo relacionados com a sua própria sexualidade.
Ele assumiu-se como homossexual na sequência da sua detenção em Abril de 1998, por estar envolvido num “ato lascivo” em frente a um polícia à paisana em Beverly Hills.
Foi, então, multado em quase 600 € e 80 horas de trabalho comunitário, tendo afirmado mais tarde que nunca tinha tido qualquer problema moral com o facto de ser homossexual.
“Em alguns momentos pensei que estava apaixonado por uma mulher. Então apaixonei-me por um homem e apercebi-me que nada disso tinha sido amor.”
Admitiu numa entrevista de que os seus vinte e tal anos tinham sido um momento muito depressivo da sua vida depois de ter perdido o seu companheiro, o estilista Anselmo Feleppa.
George Michael afirmou ainda: “Tive o meu primeiro relacionamento aos 27 anos, porque somente aos 24 anos me consegui relacionar com a minha sexualidade.”
“Perdi o meu companheiro, devido ao HIV, e precisei de três anos para fazer o luto. Depois disso perdi a minha mãe. Quase que me senti amaldiçoado.”
George Michael deu ainda a cara num documentário sobre o HIV que coincidiu com o Dia Mundial Contra a SIDA no ano em que ele saiu do armário. O filme, Staying Alive, centrou-se sobre as experiências de seis jovens de diferentes países que estavam infetados ou eram afetados pelo HIV.
George Michael foi igualmente um apoiante apaixonado de eventos de caridade sobre o HIV.
Que descanse agora em paz, pois inspirou e continuará a inspirar muitos, ao mesmo tempo que a sua música viverá nos corações de nós todos e todas.